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Adrão e o Ventor

Eu nasci na serra de Soajo e Adrão, nas suas encostas, é o meu berço

Adrão e o Ventor

Eu nasci na serra de Soajo e Adrão, nas suas encostas, é o meu berço

Nasci em Adrão e, desde muito novo, iniciei as minhas caminhadas pela minha serra - a serra de Soajo. Em 2009 ouvi falar de uma cruz que tinha sido colocada no Alto da Derrilheira. Numa caminhada realizada com os meus companheiros e amigos da serra de Soajo, Luiz Perricho, António Branco e José Manuel Gameiro, fomos recebidos no nosso mais belo Miradouro como mostra esta foto.


Algumas das vacas da serra, receberam-nos e, na sua mente, terão dito: «contempla Ventor, mais uma vez, toda esta beleza que nunca esqueces. Este é o teu mundo e é nele que o Senhor da Esfera te aguarda». Tem sido sempre assim, antes e depois da Cruz.


Se quiserem conhecer Adrão, Soajo e a nossa serra, podem caminhar pelos meus posts e blogs. Para já, só vos digo que fica no Alto Minho.



Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!


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Aqui nasce o rio Adrão


Das melhores coisas da minha vida, foi caminhar no rio de Adrão. Até aos 15 anos e depois, à medida que por lá ia passando. Nesses tempos eu caminhava no meu rio como caminho hoje por muitos trilhos limpos.

 

O rio Adrão nasce aqui e vai perder-se enleado em matagais sem fim


13.06.18

Urzes Brancas de Bordença


Ventor

Em Maio, 05, passei por Adrão e levava, na mente, a vontade de encontrar urzes roxas mas só encontrei urzes brancas. Parei o carro, na estrada sobre o rio de Bordença e encontrei, apenas, urzes brancas. Ainda bisbilhotei, por ali, se haveriam urzes roxas, mas nada! Saí dos Arcos com os olhos em todos os arbustos que se penduravam sobre a estrada e, quando calhava, tropeçava com eles em urzes brancas.

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Não encontrei as que queria mas encontrei estas e por baixo delas as águas do rio gritavam que estas ainda eram do meu tempo. "Estas ainda são do teu tempo, Ventor. Elas têm mais de meio século"! Esta parte do rio nunca ardeu e as urzes cresceram e envelheceram. Passaram muitos anos e eu ia fotografando urzes do meu tempo, 57 anos depois

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Eu olhava as suas raízes e os seus troncos e lembrava-me do carvão do ti Caturno, dos torgos e das urzes velhas que ele arrancava do solo por baixo do Poulo do Muranho, quem vai da Naia para a Brusca. Essas, como estas, são urzes colossais e de entre os seus troncos que levantam rochas do solo, podem existir cobras como a que vi em 2006 bem perto destas. Uma cobra deitada à sombra, no meio da estrada, que parecia que nunca mais se desenrolava para fugir para as rochas do rio. A sorte dela foi que eu vi-a a tempo e não tinha vontade nenhuma que o meu carro a pisasse. Depois saí do carro a ver se a fotografava mas já não a vi. Poderei dizer, como os velhos do meu tempo: "era uma cobra de grande bitola"!

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Há aqui urzes que, tal como no meu tempo, têm largura para fazer castanholas. Fiz algumas e também colheres de pau.


As Montanhas Lindas do Ventor, são as montanhas da serra de Soajo, da serra Amarela, do Gerês, ... são as montanhas dos meus sonhos e são, também, as montanhas de toda a minha gente