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Adrão e o Ventor

Eu nasci na serra de Soajo e Adrão, nas suas encostas, é o meu berço

Adrão e o Ventor

Eu nasci na serra de Soajo e Adrão, nas suas encostas, é o meu berço

Nasci em Adrão e, desde muito novo, iniciei as minhas caminhadas pela minha serra - a serra de Soajo. Em 2009 ouvi falar de uma cruz que tinha sido colocada no Alto da Derrilheira. Numa caminhada realizada com os meus companheiros e amigos da serra de Soajo, Luiz Perricho, António Branco e José Manuel Gameiro, fomos recebidos no nosso mais belo Miradouro como mostra esta foto.


Algumas das vacas da serra, receberam-nos e, na sua mente, terão dito: «contempla Ventor, mais uma vez, toda esta beleza que nunca esqueces. Este é o teu mundo e é nele que o Senhor da Esfera te aguarda». Tem sido sempre assim, antes e depois da Cruz.


Se quiserem conhecer Adrão, Soajo e a nossa serra, podem caminhar pelos meus posts e blogs. Para já, só vos digo que fica no Alto Minho.



Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!


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rio adrão.jpeg

Aqui nasce o rio Adrão


Das melhores coisas da minha vida, foi caminhar no rio de Adrão. Até aos 15 anos e depois, à medida que por lá ia passando. Nesses tempos eu caminhava no meu rio como caminho hoje por muitos trilhos limpos.

 

O rio Adrão nasce aqui e vai perder-se enleado em matagais sem fim


15.04.10

Branda da Aveleira


Ventor

Caminhar em redor das minhas Montanhas Lindas, pela base ou pelas meias encostas, colocar a mão a servir de pala e espreitar os horizontes que nos rodeiam, é já um desopilante, um acumulador de novas vitalidades.

Acredito que, aqueles que vêm de outros mundos, quer nosso, quer mesmo da estranja, se contentam em observar os cabeços dos montes e as rasgadas paisagens que nos alegram a alma, apenas, em duas ou três olhadas.

Mas eu sei, pelo que me dizem, que os turistas que acompanham os programas turísticos do Fabrice na sua "atitude" para com as Montanhas Lindas de seu pai, minhas e certamente, dele também - vejam Outside Atitude - os turistas já não se contentam apenas a dar olhadas.

Eles querem observar, de pé no chão, todas as maravilhas dos locais por onde passam.

Garranos, belezas nas minhas Montanhas Lindas

Quem não se atreve a colocar a "pata" no chão ou, se preferirem, o seu "par de botas", para respirarem perfumes inesquecíveis e partilharem da vida dos utentes das minhas Montanhas Lindas, nunca chegarão a conhecer a verdadeira essência daquilo que os rodeia.

É necessário saber partilhar da existência dos fabulosos companheiros das nossas caminhadas, pelas minhas Montanhas Lindas e, acredito que, vossas também.

Caminhar entre as moitas de urzes, as carqueijas, os fetos, os poulos relvados;

caminhar, subindo e descendo as encostas dos montes, deparando a cada instante, com paisagens, em constante mutação;

caminhar, transpirando, e saber apreciar as águas gostosas e frescas que brotam das entranhas da serra;

caminhar por locais onde ainda é provável que lobos se refugiem por ali, da nossa, para eles, nefasta presença e, apenas sabermos da possibilidade de se encontrarem por ali, devido aos dejectos por eles deixados, em alguns dos nossos pecursos;

caminhar entre belos gafanhotos, escaravelhos, lagartixas, lagartos (grandes sardões), cobras, libelinhas, borboletas, coelhos, perdizes, formigas, aranhas e muitos outros, como abelhas, vespas, vespinhas e vespões, caminhamos, sem sombra de dúvidas, num belo pedaço do Paraíso.

Garranos, belezas nas minhas Montanhas Lindas, junto à Branda da Aveleira

Sair fora do carro, partilhar dos espaços dos garranos, das vacas, das ovelhas, das cabras, sentir a frescura da aragem matinal coçar-nos o nariz, são, certamente, para todos que caminham pelas minhas Montanhas Lindas, momentos inesquecíveis.

Caminhar pela Branda da Aveleira, por St. António de Vale de Poldros, observar toda aquela beleza, onde nos inserimos, por momentos, porque não por uns dias e para nunca mais esquecermos?

Ver e ouvir o correr das águas do seu riacho que, tropeçando de pedra em pedra se dirigem, em toda a sua plenitude, rumo ao belíssimo vale do Vez e sem nunca esquecerem de voltar, na primeira oportunidade que possam ser sopradas pelas fadas de Eolo, e se voltarem a transformar nas grandes lágrimas das fadas de Neptuno, voltando assim, a ter oportunidade, de caminharem, elas também, mais uma ou várias vezes, pelas mesmas gargantas, desfiladeiros e vales dos seus sonhos.

Por lá voltarão a refrescar as margens onde esvoaçam libelinhas, tira-olhos, cantam as rãs e se aquecem cobras e lagartos, tornando uma realidade tão bela que, aposto, nunca esquecerão.

O riacho, rumo ao vale do Vez, na Branda da Aveleira

Olhar de St. Atonio de Vale de Poldros, as encostas que escorregam desde a Pedrada, descendo com mais ânimo desde a Seida, leva-nos a compreender que, o Paraíso, só não vai continuar aqui, neste nosso cantinho do Planeta Azul, se nós não quisermos.

Por isso, deixo aqui uma palavra de conforto e votos de prosperidade, a todos aqueles que não se esquecendo, das minhas Montanhas Lindas, procuram também, mostrá-las a outros.

Uma libelinha azul, no riacho da Branda da Aveleira

Ao Fabrice, filho de Adrão e da França e ao Pedro Alarcão e à Anabela Amendoeira, da Ecotura, os votos de que, as nossaas Montanhas Lindas continuem a ser, para vós, um esteio de felicidade no vosso caminhar. Eu não vos conheço pessoalmente mas, quem sabe, talvez um dia isso se concretize!

Para aqueles que viram o programa do Pedro Alarcão e da Anabela Amendoeira na sua pesquisa sobre os lobos em redor da Branda da Aveleira, eu recordo, estes dois que foram conquistados pelas minhas Montanhas Lindas.

Garranos, junto da Branda da Aveleira, que nos podem levar e trazer, nas nossas caminhadas pelas minhas Montanhas Lindas

E para os que não viram o programa, eles provaram-nos que os lobos, tal como outros animais, lutam intensamente para sobreviverem à pressão humana que se faz sentir em redor de todos os seus habitats.

Deixo-vos aqui um abraço e votos de êxito nas vossas caminhadas, bem como desejo um grande êxito na sobrevivência dos lobos.


As Montanhas Lindas do Ventor, são as montanhas da serra de Soajo, da serra Amarela, do Gerês, ... são as montanhas dos meus sonhos e são, também, as montanhas de toda a minha gente

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