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Adrão e o Ventor

Eu nasci na serra de Soajo e Adrão, nas suas encostas, é o meu berço

Adrão e o Ventor

Eu nasci na serra de Soajo e Adrão, nas suas encostas, é o meu berço

Nasci em Adrão e, desde muito novo, iniciei as minhas caminhadas pela minha serra - a serra de Soajo. Em 2009 ouvi falar de uma cruz que tinha sido colocada no Alto da Derrilheira. Numa caminhada realizada com os meus companheiros e amigos da serra de Soajo, Luiz Perricho, António Branco e José Manuel Gameiro, fomos recebidos no nosso mais belo Miradouro como mostra esta foto.


Algumas das vacas da serra, receberam-nos e, na sua mente, terão dito: «contempla Ventor, mais uma vez, toda esta beleza que nunca esqueces. Este é o teu mundo e é nele que o Senhor da Esfera te aguarda». Tem sido sempre assim, antes e depois da Cruz.


Se quiserem conhecer Adrão, Soajo e a nossa serra, podem caminhar pelos meus posts e blogs. Para já, só vos digo que fica no Alto Minho.



Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!


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Aqui nasce o rio Adrão


Das melhores coisas da minha vida, foi caminhar no rio de Adrão. Até aos 15 anos e depois, à medida que por lá ia passando. Nesses tempos eu caminhava no meu rio como caminho hoje por muitos trilhos limpos.

 

O rio Adrão nasce aqui e vai perder-se enleado em matagais sem fim


21.01.19

Decisões de Risco


Ventor

t-6.jpeg

Avião T-6 (texano-6)

Sei? Não sei? Ai se soubesse!

Pois! Ai se soubesse! Quando um dia decidi ir para a Força Aérea, toda a gente que me conhecia me tentou travar dessa decisão. A mais dura de todas foi a minha mãe. Eu era menor e precisava da sua assinatura para concretizar a minha inscrição na FAP mas ela não queria por nada. Achava que eu iria morrer por lá e, pronto, não era com a sua autorização que isso iria acontecer. Poderia morrer numa esquina qualquer mas nunca com a sua autorização. Alguém a convenceu que a vida era minha e ela não devia ser entrave às minhas decisões. Segundo me constou terá sido o meu amigo Armando, em Adrão, que a levou a não interferir na minha vida. Quase ia morrendo, realmente, na Força Aérea, mais de uma vez mas, de todas as vezes, seria morto por gente nossa, pelas hienas ou pela mamba negra.

A nossa vida, a minha, a vossa, a de todos, será sempre uma vida de riscos e, os meus riscos não existiram só na Força Aérea, onde arranjei os melhores amigos de sempre, durante 52 meses. Os riscos continuam e, agora, estão cada vez mais acutilantes. Fartei-me de caminhar pela vida fora. Fiz corridas e muitas caminhadas daquelas que eram sempre para chegar à meta. Há dias, numa passadeira electrónica, iniciei uma pequena caminhada que não acabei.

"Temos de parar, Sr. Luiz, por favor sente-se que vou chamar a Doutora".

«Mas eu não estou cansado e estou preparado para acelerar mais»!

"Não Senhor Luiz, terminamos, sente-se aqui por favor".

Era uma técnica simpática que só com o olhar não foi difícil convencer-me que algo estava mal. Disse-me que mais um bocadinho e cairia redondo. Apareceu a médica. Olhou os dados, completamente diferentes dos que ela tinha obtido na Ecocardiografia Modo 2D Modo-M c/Doppler. Senhor Luiz tenho de falar com a sua médica, por favor deixe-se estar aí quietinho que eu já volto.

«Ele que não se vá embora sem falar comigo. Quando estiver despachado lá em cima que venha e me bata à porta. Pelo menos deu para descobrir que não é só a minha médica que não quer que eu morra. Há lá mais 3 pessoas, todas mulheres, que não querem mesmo que eu morra. Só me resta esperar que a vontade dos outros que se vão intrometer também não queiram.

O resto não sei como vai ser mas espero que a vontade do Senhor da Esfera seja igual à minha e dê uma mãozinha àqueles que me irão "vasculhar" a máquina cardíaca. Como a Nossa Senhora da Peneda sempre foi minha amiga ajudando nas boas soluções dos riscos que tenho corrido, espero que me volte a ver mais uma vez quando eu passar na Portela de Cima, a caminho da Pedrada e acenaremos uma ao outro.

Se tudo correr bem voltarei para vos contar tudo, tintim por tintim.


As Montanhas Lindas do Ventor, são as montanhas da serra de Soajo, da serra Amarela, do Gerês, ... são as montanhas dos meus sonhos e são, também, as montanhas de toda a minha gente