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Adrão e o Ventor

Eu nasci na serra de Soajo e Adrão, nas suas encostas, é o meu berço

Adrão e o Ventor

Eu nasci na serra de Soajo e Adrão, nas suas encostas, é o meu berço

Nasci em Adrão e, desde muito novo, iniciei as minhas caminhadas pela minha serra - a serra de Soajo. Em 2009 ouvi falar de uma cruz que tinha sido colocada no Alto da Derrilheira. Numa caminhada realizada com os meus companheiros e amigos da serra de Soajo, Luiz Perricho, António Branco e José Manuel Gameiro, fomos recebidos no nosso mais belo Miradouro como mostra esta foto.


Algumas das vacas da serra, receberam-nos e, na sua mente, terão dito: «contempla Ventor, mais uma vez, toda esta beleza que nunca esqueces. Este é o teu mundo e é nele que o Senhor da Esfera te aguarda». Tem sido sempre assim, antes e depois da Cruz.


Se quiserem conhecer Adrão, Soajo e a nossa serra, podem caminhar pelos meus posts e blogs. Para já, só vos digo que fica no Alto Minho.



Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!


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Aqui nasce o rio Adrão


Das melhores coisas da minha vida, foi caminhar no rio de Adrão. Até aos 15 anos e depois, à medida que por lá ia passando. Nesses tempos eu caminhava no meu rio como caminho hoje por muitos trilhos limpos.

 

O rio Adrão nasce aqui e vai perder-se enleado em matagais sem fim


18.04.16

Dia Mundial dos Monumentos


Ventor

Hoje não vou falar dos monumentos mas vou falar do seu dia.

Hoje é o dia mundial dos monumentos e são tantos! Eu passo muito do meu tempo, no computador, a estudar monumentos, pelo menos, a olha-los. Olhá-los e, sobretudo, a pensar nos homens que os imaginam, que os fazem, que lhe dão um nome.

Como não vou falar (escrevendo) disso tudo, vou falar dos primeiros monumentos que me impressionaram nas minhas primeiras caminhadas. E foram realmente os primeiros! Estão mesmo nos primeiros, o Pelourinho de Soajo e a Estátua Equestre do rei D. José, na Pç. do Comércio, vulgo, Terreiro do Paço.

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O Pelourinho de Soajo, creio que já todos conhecem a sua lenda e as suas interpretações

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Para os que não sabem e são esses que me levam a repetir, o Pelourinho fica no Largo do Eiró

O pelourinho de Soajo, devo tê-lo visto quando, com uns mesinhos, cheguei a Soajo para me baptizar. Só que, então, como será de calcular, não me impressionou! Mas, com o andar do tempo, foi-me impressionando. Mais me impressionou numa festa de Soajo, teria eu alguns 9, 10 anos, quando comecei a avaliar os cabeçudos , em comparação com o Pelourinho. Foi, durante os meus primeiros 15 anos, o primeiro monumento a impressionar-me.

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A Estátua de D. José no Terreiro do Paço

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D. José e o seu belo cavalo

Aos 15 anos, iniciei outra caminhada, então, rumo a Lisboa. Quando cheguei a Lisboa, apanhei um táxi em Santa Apolónia e rumei à Av. Infante Santo por onde, durante 5 dias, se transformou na minha Base. Dali, corri Lisboa e os seus monumentos mas, não ligava muito. Tinha outras preocupações. Quando fui ao Terreiro do Paço, olhei e observei bem, aquela bela Estátua Equestre a D. José. Observei, olhei em toda a sua volta e apreciei bem aquele belo cavalo, a esmagar as serpentes. Foi essa a primeira estátua a impressionar-me a sério para além do Pelourinho de Soajo.

Quando, em Almada, o meu amigo Joaquim da Chica (que Deus tem) me entregava dinheiro para ir a Lisboa pagar o Grémio, ali para o Bairro Alto, no regresso, eu olhava sempre a estátua de D. José I. Ainda hoje o faço! Naquele tempo, entregava o dinheirinho no Grémio, pegava no recibinho e dirigia-me ao Terreiro do Paço, não só para apanhar o Cacilheiro, aquele belíssimo barco que embeleza o rio Tejo e Lisboa, mas sempre para cumprimentar o D. José. Foi ali, numa altura dessas, que eu tirei a minha primeira fotografia.

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A Estátua de D. João I, na Praça da Figueira, em Lisboa

Outras estátuas me impressionaram, como a estátua de Camões, a estátua dos Restauradores, a estátua da guerra Peninsular, o Saldanha sempre a apontar que é para aquele lado, a de D. João I, na Praça da Figueira. Esta, quando a olho, parece-me ouvir o povo de Lisboa no seu grito colectivo : "arraial, arraial, por El Rei de Portugal".

Depois houve outras estátuas e outros monumentos que me têm levado a pensar nas razões das suas existências e no lugar que ocupam na evolução do nosso mundo. Vejo as estátuas com alma! Todos os monumentos representam algo de importante no nosso mundo social, nas nossas caminhadas colectivas. Por isso não gosto de ver mudar nomes, não gosto de ver destruir estátuas ou qualquer outro monumento, não gosto de ver trocar nomes. São as partes mais fáceis de qualquer revolução e daqueles que, não valendo nada, se acham grandes revolucionários.

Gosto de olhar uma estátua e defini-la a meu gosto, apenas com duas frases: "grande sacana" ou "grande homem". Uma das duas coisas é de certeza!

E se as estátuas têm alma, podem ter tido uma boa alma, "grande homem, grande mulher", ... ou, claro está, "grandes sacanas"!


As Montanhas Lindas do Ventor, são as montanhas da serra de Soajo, da serra Amarela, do Gerês, ... são as montanhas dos meus sonhos e são, também, as montanhas de toda a minha gente

10.04.16

Regresso a Casa, em 2015


Ventor

Foi assim o meu regresso a casa, em 2015, depois de umas passagens fogazes por Adrão e pelas minhas Montanhas Lindas com uma subida à Pedrada.

Pouco para quem gosta de escanchar a perna!

Estas fotos que, mais uma vez tento colocar aqui em slideshow, foram tiradas de três sítios. Da zona do Castelo para Adrão; outras nas Fontes e com um ou dois clicks, através de Entre-os-Outeiros, para o Hotel do Mezio e as outras da Cruz que observa a Várzea, em honra do Bispo Emérito de S. Tomé e Príncipe, D. Abílio, um cidadão português, natural da Várzea.

Regresso a Casa, 2015

Slideshow do Album: foi assim o meu regresso a casa

 

Faça click em: foi assim o meu regresso a casa, em 2015 e, na página que abriu, click no primeiro dos três sinais, o rectangulozinho por cima das fotos do lado direito e, se estiver disposto(a), tem 108 fotos para ver. Se quiser ver, foto a foto é só clicar nas setinhas. 

Com o meu gato Pilantras a dizer-me que, quando morrer, quer ser enterrado, nas Fontes, ao lado do Quico mas, só quer voltar quando estiver morto para não sentir o carro.

Mas, nas Fontes, temos umas espécies de avencas e pequenos fetos junto das nascentes, uma "mini-botânica" que dá sempre para embelezar o meu cérebro, com aquelas florezinhas minúsculas que adoram ser observadas. Eu sei que são as ninfas das fontes que nunca se esquecem que o Ventor também não esquece o seu trabalho de embelezamento desses locais húmidos, verdes e outras cores que, tal como eu, adoram este Planeta Azul.

Esta caminhada sobre rodas, é a melhor maneira de eu regressar a casa. Passar em frente de Adrão, tirar umas fotos (nunca sei quando serão as últimas), olhar as Fontes, mais uma vez, recordar os pôr-se-sol que, em tempos de puto admirei e seguir por Paradela, normalmente, via Lindoso, Ponte da Barca.

Depois, de olhos no alcatrão e arredores, rumo a casa, deixando que o meu coração chore à vontade. E ele começa a chorar quando, dos lados do Gondomil, lanço o olhar sobre o Cemitério de Adrão.

Espero que ele volte a chorar este ano.


As Montanhas Lindas do Ventor, são as montanhas da serra de Soajo, da serra Amarela, do Gerês, ... são as montanhas dos meus sonhos e são, também, as montanhas de toda a minha gente