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Adrão e o Ventor

Eu nasci na serra de Soajo e Adrão, nas suas encostas, é o meu berço

Adrão e o Ventor

Eu nasci na serra de Soajo e Adrão, nas suas encostas, é o meu berço

Nasci em Adrão e, desde muito novo, iniciei as minhas caminhadas pela minha serra - a serra de Soajo. Em 2009 ouvi falar de uma cruz que tinha sido colocada no Alto da Derrilheira. Numa caminhada realizada com os meus companheiros e amigos da serra de Soajo, Luiz Perricho, António Branco e José Manuel Gameiro, fomos recebidos no nosso mais belo Miradouro como mostra esta foto.


Algumas das vacas da serra, receberam-nos e, na sua mente, terão dito: «contempla Ventor, mais uma vez, toda esta beleza que nunca esqueces. Este é o teu mundo e é nele que o Senhor da Esfera te aguarda». Tem sido sempre assim, antes e depois da Cruz.


Se quiserem conhecer Adrão, Soajo e a nossa serra, podem caminhar pelos meus posts e blogs. Para já, só vos digo que fica no Alto Minho.



Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!


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Aqui nasce o rio Adrão


Das melhores coisas da minha vida, foi caminhar no rio de Adrão. Até aos 15 anos e depois, à medida que por lá ia passando. Nesses tempos eu caminhava no meu rio como caminho hoje por muitos trilhos limpos.

 

O rio Adrão nasce aqui e vai perder-se enleado em matagais sem fim


12.02.12

Camihar por Adrão


Ventor

Tenho caminhado por Adrão! O Senhor da Esfera gosta de me ver por lá e, então, vou sonhando e caminhando pelas minhas Montanhas Lindas e conversando com a minha gente.

Consigo, sonhando, penetrar no passado, mesmo que todo esfarrapado e, tantas vezes sem sentido. Mas, mesmo não tendo sentido, vivemos esparsos pedaços da vida passada, fazendo associação de imagens que só podem acontecer em sonhos. Miscelâneas de pedaços da vida retalhados do passado, misturados com coisas do futuro, relativamente a esse passado.

No entanto, as imagens que consigo obter nesses sonhos, quando a minha gente me aparece, quer viva, quer já falecida, são mesmo reais!

Um resumo dos meus dois últimos sonhos por Adrão. Daqueles que ficam, que não vão para as calendas.

campainhas.jpeg

Flores para todos os que estiveram comigo, em sonhos

Fui fazer uma visita à minha gente e, quando cheguei, tinha as pessoas em casa a fazer o almoço, mas nunca as vi. Sabia, apenas, que estavam lá à minha espera e a tratar do almoço! Mas ao chegar ao sítio da figueira da tia Bondeira, observei a Tasca do meu amigo Carrasco, com ele à porta, a fazer-me sinal com o braço, para chegar lá.

Cheguei lá, ele estava só e fez-me um pedido. "Ventor, não sei se sabes mas vou tentar ser eleito para a Junta de Freguesia de Soajo. Preciso da tua ajuda".

«Em que raio posso ajudar se me vou embora e nem tenho direito a votar cá»!

"Quero que peças à tua madrinha para desistir da corrida".

«A minha madrinha também vai tentar ser eleita?»

Lá fui eu ao Eirado para falar com ela e a resposta foi a que eu esperava. "Não desisto! Diz a ele que não desisto e quem vai ganhar sou eu"! Vindo da janela da casa de meus pais, ouvi, a voz da Gisela a dizer-me que o almoço estava pronto e ia ser posto na mesa.

Virei-me para ir ao Carrasco dar a resposta da minha madrinha, mas vinha de Outeiros, a tia Rosinha Félix, cheia de pressa. «Para onde vai, tia Rosa, com essa pressa toda»?

"Vou com pressa porque tenho de ir aos Arcos tratar de uns papéis para voltar para a América".

«Já chamou o táxi»?

"Avoestavô"! (frase que eu ouvia em Adrão e nem sei como se escreve)! "Chamar um táxi? Estás maluco. Vou a pé"!

«Eu vou ali ao Carrasco e depois levo-a aos Arcos. A pé, nunca mais lá chega»!

"Tu não serás capaz, mas eu sou"!

A tia Rosinha Félix, deu-me o braço e partimos os dois de braço dado a dançarmos ou a fazermos por isso. Perguntei-lhe o que pensava das eleições para a Junta de Soajo e disse-me que não queria saber disso para nada. Que tinha de voltar para a América e não tinha tempo a perder com isso.

Resumindo. Não dei a resposta ao Carrasco, não fui almoçar, não levei a tia Rosinha Félix aos Arcos. Acordei, quando ela e eu a dançávamos, de braço dado, com o Carrasco a ver da porta da Loja.

Mas tive outro sonho!

Desta vez, sonhei só com os meus pais e um indivíduo muito feio que me acompanhou, sempre atrás de mim, desde os carvalhos do ti Valente até ao Carril.

Então vejam só isto!

Era um mau presságio ter aquele tipo atrás de mim. Eu tinha saído buscar comer para meu pai e minha mãe que tinham ficado em Paradela a plantar batatas.

Mas nunca mais voltei! Quando levava uma grande sacada de comer, ao chegar aos Carvalhos do ti Valente, resolvi voltar para trás, pois já tinha passado tanto tempo e ainda com um gajo nauseabundo e um sorriso diabólico pela frente, achei que era o melhor. Tanto tempo depois, já não estariam a plantar batatas, com certeza. Voltei e entrei em casa, já de noite. O meu pai, estava deitado na cama e levantou-se de pronto, ficando sentado a perguntar-me o que me tinha acontecido pois nunca mais voltara. No sonho, alterei a casa! Por trás da porta, estava a minha mãe deitada numa cama individual e com um olho todo entrapado por causa de uma infecção.

Conversei com eles e acordei. Estive com o meu pai e a minha mãe, tal e qual como eles eram. Só que nunca na minha vida, vi a minha mãe com um olho empanado e uma cama individual num espaço que não existe.

Mas gosto de ver as minhas gentes, mesmo a sonhar!

Estou farto de tentar interpretar os meus sonhos. Já li livros sobre isso e fiquei a saber o mesmo, acabando por me deixar disso. Mas vou sonhando e vendo o que me é apresentado nesses sonhos, ficando sempre com vontade de matutar neles.


As Montanhas Lindas do Ventor, são as montanhas da serra de Soajo, da serra Amarela, do Gerês, ... são as montanhas dos meus sonhos e são, também, as montanhas de toda a minha gente