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Adrão e o Ventor

Eu nasci na serra de Soajo e Adrão, nas suas encostas, é o meu berço

Adrão e o Ventor

Eu nasci na serra de Soajo e Adrão, nas suas encostas, é o meu berço

Nasci em Adrão e, desde muito novo, iniciei as minhas caminhadas pela minha serra - a serra de Soajo. Em 2009 ouvi falar de uma cruz que tinha sido colocada no Alto da Derrilheira. Numa caminhada realizada com os meus companheiros e amigos da serra de Soajo, Luiz Perricho, António Branco e José Manuel Gameiro, fomos recebidos no nosso mais belo Miradouro como mostra esta foto.


Algumas das vacas da serra, receberam-nos e, na sua mente, terão dito: «contempla Ventor, mais uma vez, toda esta beleza que nunca esqueces. Este é o teu mundo e é nele que o Senhor da Esfera te aguarda». Tem sido sempre assim, antes e depois da Cruz.


Se quiserem conhecer Adrão, Soajo e a nossa serra, podem caminhar pelos meus posts e blogs. Para já, só vos digo que fica no Alto Minho.



Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!


O Cantinho do Ventor
Caminhando por aí
Ventor e a África
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Os Amigos do Quico
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Montanhas Lindas
Os Filhos do Sol
As Belezas do Ventor
Ventor entre as Flores

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Aqui nasce o rio Adrão


Das melhores coisas da minha vida, foi caminhar no rio de Adrão. Até aos 15 anos e depois, à medida que por lá ia passando. Nesses tempos eu caminhava no meu rio como caminho hoje por muitos trilhos limpos.

 

O rio Adrão nasce aqui e vai perder-se enleado em matagais sem fim


10.09.07

Homenagem a Pavarotti


Ventor

Nunca me passou pela cabeça, ouvir a voz de Luciano Pavarotti nos vales das montanhas da minha terra.

Se calhar, se ele cantasse, no Alto da Portela, nas minhas Montanhas Lindas, virado para a Senhora da Peneda, a Avé Maria de Schubert, todas as montanhas, em redor, as minhas belas montanhas, se perfilariam e cantariam com ele.

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Daqui, do meio dos fetos, a sua voz ouvir-se-ia  lá ao fundo, no vale da direita, onde fica a Senhora da Pened 

Avé Maria de Schubert, cantada por Luciano Pavarotti

Mas não teremos mais Pavarotti, a não ser a sua companhia nestes modernismos do seu e do nosso tempo.

Só assim poderemos, enquanto por aqui andarmos, ter Pavarotti connosco.

E, só assim, eu poderei prestar a minha homenagem ao grande tenor, que foi Luciano Pavarotti.

Foi durante a romaria da Senhora da peneda que ele partiu do nosso convívio musical e é pensando nele e na romaria da Senhora da Peneda, que eu lhe deixo aqui a minha homenagem. Escolhi o meu Blog-Adrão, Aldeia na Montanha, para prestar a minha homenagem a Luciano Pavarotti. Imagino, penso que posso imaginar, como seria a sua grandiosidade como tenor, a cantar a Avé Maria frente à Senhora da Peneda!

A sua voz treparia degrau a degrau até chegar aos ouvidos da Senhora da Peneda que sorriria ao ouvi-la e diria mesmo: "isto só poderia ser coisa do ventor"!

Podem imaginar, comigo, que seria assim!


As Montanhas Lindas do Ventor, são as montanhas da serra de Soajo, da serra Amarela, do Gerês, ... são as montanhas dos meus sonhos e são, também, as montanhas de toda a minha gente

06.09.07

Senhora da Peneda


Ventor

Os anos rolam e a Senhora da Peneda, lá está, debaixo das rochas da Meadinha.

Normalmente, quando por lá apareço, não é em dias de festa. Sim, porque as festas já acabaram!

Mas eu sei que, se as festas acabaram para mim, elas nunca irão acabar para a Senhora da Peneda.

Um pratinho com a Senhora da Peneda que alguém teve a amabilidade de me oferecer

Segundo a mente de cada um, ela vai velando por uns e por outros, à sua maneira e à maneira deles. Quando eu era miúdo, à moda da terra, disputava os santos todos que conhecia. Todos eles, segundo a tradição, poderiam dar a sua pequena ou grande ajuda.

Normalmente, eu nada pedia para mim mas, sempre que convinha, lá estava aqui o vosso amigo a pedir a intervenção de algum dos seus amigos. Ás vezes era o Senhor da Paz, sempre que ouvia falar de guerras, como na invasão da Hungria, em 1956, saí da minha escola e, espreitando-O, por uma janela ou pela porta, talvez influenciado pela linguagem dos mais velhos, fui-lhe pedir para ajudar os húngaros.

Outras vezes, para ajudarem que os lobos não matassem alguma das minhas vacas ou algum dos vitelos quando os havia, eu pedia a algum deles para os guardar. Normalmente, a Senhora da Peneda, olharia pelas minhas montanhas lindas e pelos seus gados e, se não pudesse, lá estaria o Santo António para a ajudar. Santo António era homem, era forte e lá estaria para palmilhar as montanhas, tal como faria o Ventor, com melhor pedalada que a que a Senhora da Peneda, mulher, seria capaz de aplicar. Nos meus pensamentos de criança eles todos estariam arrigementados ao cumprimento de alguma tarefa que pudesse agradar às suas gentes.

Na verdade, não sendo um religioso por aí além, continuo sempre com os meus amigos de outrora. Eles não me pesam e não me fazem mal e, por essas e outras razões, podem muito bem continuar a caminhar a meu lado e eu a lado deles. Não é por acaso que desde o dia 1 de Setembro eu continuo a pensar na Meadinha, na Senhora da peneda e nas minhas Montanhas Lindas.

A Senhora da Peneda é uma beleza presente nas minhas Montanhas Lindas

São oito dias de devoção para muita gente, de devoção e de festa para outros tantos e de grande festa para a grande maioria. Não haverá os fogos festivos de antigamente, como será óbvio mas, provavelmente, continuarão a haver os bailes, as concertinas, os bombos, as gaitas, os cantares e sei lá que mais.

Por isso, eu continuo, aqui da minha janela, a homenagear a Senhpra da Peneda e todos aqueles que, por qualquer razão marcam presença nos belos festejos. Eu sei que Ela continua a espreitar-me e a dizer-me: "olá Ventor"!

E eu continuo, aqui, de olho na Sua Romaria, de 1 a 8 de Setembro!


As Montanhas Lindas do Ventor, são as montanhas da serra de Soajo, da serra Amarela, do Gerês, ... são as montanhas dos meus sonhos e são, também, as montanhas de toda a minha gente