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Adrão e o Ventor

Eu nasci na serra de Soajo e Adrão, nas suas encostas, é o meu berço

Adrão e o Ventor

Eu nasci na serra de Soajo e Adrão, nas suas encostas, é o meu berço

Nasci em Adrão e, desde muito novo, iniciei as minhas caminhadas pela minha serra - a serra de Soajo. Em 2009 ouvi falar de uma cruz que tinha sido colocada no Alto da Derrilheira. Numa caminhada realizada com os meus companheiros e amigos da serra de Soajo, Luiz Perricho, António Branco e José Manuel Gameiro, fomos recebidos no nosso mais belo Miradouro como mostra esta foto.


Algumas das vacas da serra, receberam-nos e, na sua mente, terão dito: «contempla Ventor, mais uma vez, toda esta beleza que nunca esqueces. Este é o teu mundo e é nele que o Senhor da Esfera te aguarda». Tem sido sempre assim, antes e depois da Cruz.


Se quiserem conhecer Adrão, Soajo e a nossa serra, podem caminhar pelos meus posts e blogs. Para já, só vos digo que fica no Alto Minho.



Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!


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Ventor entre as Flores

rio adrão.jpeg

Aqui nasce o rio Adrão


Das melhores coisas da minha vida, foi caminhar no rio de Adrão. Até aos 15 anos e depois, à medida que por lá ia passando. Nesses tempos eu caminhava no meu rio como caminho hoje por muitos trilhos limpos.

 

O rio Adrão nasce aqui e vai perder-se enleado em matagais sem fim


15.07.05

Adrão - A raposa


Ventor

Em Adrão, nos meus tempos de criança, haviam muitas raposas. Sempre que eu atravessava em qualquer ladeira das minhas montanhas, eu via muitas vezes uma raposa. Às vezes eram os cães que as espantavam dos seus esconderijos. Mas as raposas eram atrevidas e avarentas e isso granjeou-lhes grandes inimizades.

Elas tinham uma grande predilecção pelas ovelhas, e mais consistentemente pelos cordeiros, ou como nós dizíamos, pelos anhos. Depois eram as galinhas! Uma das especialidades das raposas era ir aos galinheiros ou "poleiros" apanhar galinhas e safavam-se. Mas havia o terror das raposas em Adrão. Era o meu pai! Segundo os especialistas, a pele de raposa era boa no Inverno, especialmente no mês de Janeiro. E era no Inverno que elas, com a fome, se atreviam a ir ao poleiro. Só que a raposa não se limita a matar para comer, se pode, mata por gosto!

 

Uma bela raposa

Bastava que alguém se queixasse que a raposa lhe roubou galinhas e lá ia, ao luar, o ti João, com a "chibata" nas mãos, pronto para dar cabo de uma raposa. E eu sabia que isso acontecia e sempre de noite. Se a raposa roubara a galinha num determinado sítio, era para os acessos a esse sítio que o ti João seguia. Ele tinha uma coisa boa que lhe permitia caçar as raposas. Não tinha medo de espíritos e por isso se deslocava só e silencioso. Algum tempo depois de sair de casa, por vezes pouco tempo, eu ouvia um tiro no silêncio da noite. Dentro de tempo igual estava uma raposa morta, em casa. Um tiro, uma raposa. Nunca falhava!


As Montanhas Lindas do Ventor, são as montanhas da serra de Soajo, da serra Amarela, do Gerês, ... são as montanhas dos meus sonhos e são, também, as montanhas de toda a minha gente