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Adrão e o Ventor

Eu nasci na serra de Soajo e Adrão, nas suas encostas, é o meu berço

Adrão e o Ventor

Eu nasci na serra de Soajo e Adrão, nas suas encostas, é o meu berço

Nasci em Adrão e, desde muito novo, iniciei as minhas caminhadas pela minha serra - a serra de Soajo. Em 2009 ouvi falar de uma cruz que tinha sido colocada no Alto da Derrilheira. Numa caminhada realizada com os meus companheiros e amigos da serra de Soajo, Luiz Perricho, António Branco e José Manuel Gameiro, fomos recebidos no nosso mais belo Miradouro como mostra esta foto.


Algumas das vacas da serra, receberam-nos e, na sua mente, terão dito: «contempla Ventor, mais uma vez, toda esta beleza que nunca esqueces. Este é o teu mundo e é nele que o Senhor da Esfera te aguarda». Tem sido sempre assim, antes e depois da Cruz.


Se quiserem conhecer Adrão, Soajo e a nossa serra, podem caminhar pelos meus posts e blogs. Para já, só vos digo que fica no Alto Minho.



Depois? Bem, depois ... vamos caminhando!


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Aqui nasce o rio Adrão


Das melhores coisas da minha vida, foi caminhar no rio de Adrão. Até aos 15 anos e depois, à medida que por lá ia passando. Nesses tempos eu caminhava no meu rio como caminho hoje por muitos trilhos limpos.

 

O rio Adrão nasce aqui e vai perder-se enleado em matagais sem fim


28.03.16

Uma Caminhada de Sonhos


Ventor

Esta noite, depois de uma conversa telefónica com o Luis Perricho, sobre uma eventual caminhada entre a Peneda e Sistelo, ele falou-me do caminho dos romeiros.

Pois, com romeiros ou sem romeiros eu convenci-me, sonhando, que no Gondomil, também passavam os romeiros de Cunhas, de Paradela e, se calhar, de outros lados. Talvez do lado de lá do Lima, pois antigamente nem haviam estradas, quanto mais carros. Pois foi! Não procurei o caminho dos romeiro de Sistelo para a Peneda mas andei a caminhar no Gondomil.

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Como são lindas as nossas paisagens - Gondomil

Por acaso, já foi a terceira vez que sonhei com essa caminhada. Eu recordo-me do tempo que saía com as vacas da Açoreira, pelo Barroco, à presa do Cabreiro, virava-as para o Gondomil e, à tarde, regressava rumo à Açoreira. Também fazia isso, com saída do Lugar de Adrão, rumo à Corga das Estacas, Chãe do Ruivo, Gondomil, ... Tinha por companhia, nessas caminhadas, algumas vezes, o ti João Perricho e o ti Bento Ribeiro, velhotes que não esqueço. Uma vez, no Gondomil, a minha acção de maior destaque, foi correr tanto que consegui roubar uma ovelha da tia Custódia a uma raposa. A raposa tentava apanhar a ovelha e rodavam monte abaixo, engalfinhadas uma na outra por entre as urzes, floridas de branco. Fiquei sempre com essas imagens na cabeça e, faço ideia das pragas que a raposa me teria rogado se falasse.

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 Como se enquadra bem Adrão nessa beleza das minhas Montanhas Lindas

Foi assim que esta noite voltei a ver Adrão do Gondomil! A Adrão escura e velha, sem casas pintadas de cores e com os fumos dos almoços das gentes que, na sua azáfama, faziam os almoços para a família. Essa é a minha Adrão! Nessa altura, eu almoçava o meu pão com presunto, chouriço ou bacalhau, na Chãe do Ruivo e bebia na nascente que havia, ainda haverá, na tapada do ti João Perricho. Por isso, uma caminhada que eu e o Luis Perricho já tínhamos em vista, foi realizada em sonhos, esta noite.

Ainda espero vir a realizá-la nos próximos tempos.


As Montanhas Lindas do Ventor, são as montanhas da serra de Soajo, da serra Amarela, do Gerês, ... são as montanhas dos meus sonhos e são, também, as montanhas de toda a minha gente

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